Experiências pedagógicas 
Criar um Site Grátis Fantástico
Projetos 2014
Projetos 2014

 

EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA:

DESAFIOS DO JOVEM NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

 

 

 

 

 

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO

MENINO JESUS

JACUIZINHO-RS

 

 

Ensino Médio Politécnico

 

 

EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA: DESAFIOS DO JOVEM NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

 

 

 

AUTORES:

Juliano Konzen

William Kremer de Oliveira

 

PROFESSOR ORIENTADOR:

Gisele da Rocha

 

 

 

 

 

2014

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“...E nunca considerem seu estudo como uma obrigação, mas sim como uma oportunidade invejável de aprender, sobre a influência libertadora da beleza no domínio do espírito, para seu prazer pessoal e para o proveito da comunidade à qual pertencerá o seu trabalho futuro.”

Albert Einstein

RESUMO

Os recursos tecnológicos, ao longo dos tempos, passaram por grandes transformações e tornaram-se algo indispensável à vida moderna, principalmente no que tange aos jovens. No entanto, a evolução tecnológica não trouxe apenas benefícios à sociedade: junto com ela vieram muitos problemas, como o fortalecimento da cultura consumista, a superficialidade na aprendizagem, o aumento nos índices de desemprego e também o distanciamento nas relações humanas. Diante desse quadro, realizou-se pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo quantitativa com alunos da E.E.E.M. Menino Jesus, localizada no município de Jacuizinho, visando analisar a inserção destes jovens no universo tecnológico, com vista a promover o uso consciente das tecnologias, partindo da análise das vantagens e desvantagens que oferecem. Os resultados obtidos evidenciaram que os jovens entrevistados fazem uso de diversos equipamentos tecnológicos, principalmente os voltados à comunicação, sendo a internet um recurso usado em ampla escala, principalmente para o acesso às redes sociais e realização de pesquisas escolares. No entanto, grande parte desses jovens reconhece as vantagens e desvantagens do uso desses recursos e, reconhecendo também a dificuldade em transformar em conhecimento as informações obtidas e, mesmo considerando-os de grande importância, ainda preservam os vínculos estabelecidos fora do campo virtual. A partir de tais resultados, buscando a sensibilização da comunidade escolar, foram realizadas atividades como Gincana tecnológica, Mostra Tecnológica, panfletagem e palestras. Destaca-se que o projeto terá continuidade através de apresentações nas demais escolas do município, com postagens no You Tube, incluindo sugestões de atividades através do celular e do computador. É objetivo também a ampliação da pesquisa, culminando com a publicação de um livro.

 

Palavras-chave: tecnologia, jovem, conhecimento, informações.

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

 

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 05

2 OBJETIVOS ................................................................................................. 06

2.1 Objetivo geral ........................................................................................... 06

2.2 Objetivos específicos .............................................................................. 06

3 JUSTIFICATIVA............................................................................................ 07

4 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................... 08

4.1 Sociedade e tecnologia ........................................................................... 08

4..1.1  Breve histórico da tecnologia  .......................................................... 08

4.1.2 O uso da tecnologia na educação ....................................................... 10

4.1.3 Vantagens e desvantagens dos avanços tecnológicos.....................11

4.2 O jovem no universo tecnológico ...........................................................14

5 METODOLOGIA ........................................................................................... 17

5.1 Cronograma .............................................................................................. 18

6 RESULTADOS.............................................................................................. 19

6.1 Pesquisa de campo: observação in loco.................................................19

6.2 Pesquisa de campo: questionário............................................................20

7 CUSTOS ....................................................................................................... 29

8 CONCLUSÃO ............................................................................................... 30

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 32

10 ANEXOS ..................................................................................................... 34

 

1. INTRODUÇÃO

A tecnologia está cada vez mais presente em nossas vidas. É praticamente impossível viver sem algum tipo de aparato tecnológico, pois desde o aparelho celular que usamos até o computador no qual pesquisamos envolvem uma série de processos tecnológicos, os quais estão em permanente invenção e re-invenção. O “tec” das teclas e botões praticamente já não é mais ouvido, pois a tecnologia touch screen, há poucos anos nem imaginada, hoje faz parte de nosso cotidiano.

Diante de tantas transformações, tornamo-nos, a cada dia, mais dependentes de toda a parafernália tecnológica que acabamos adquirindo, a qual, gradativamente, está substituindo a presença humana em muitas situações, desde os setores de produção até mesmo nas relações pessoais, pois muitas pessoas, principalmente os jovens, relacionam-se mais virtual do que pessoalmente.

Com isso, surge um importante questionamento: estamos sabendo usar toda a tecnologia a nosso favor ou estamos nos tornando escravos dela? Na sociedade globalizada em que vivemos, a tecnologia nos permite enviar e receber informações do mundo inteiro em questão de segundos, fatos são transmitidos em tempo real para o mundo todo, mas sabemos analisar e compreender a imensidão de informações às quais temos acesso ou apenas assistimos, passivos e atônitos, ao que acontece ao nosso redor?  Na área industrial, a tecnologia favorece a rapidez e eficiência da produtividade, mas isso está melhorando nossa qualidade de vida ou apenas está  nos conduzindo cada vez mais à escravidão do consumismo?  Na escola, pesquisas são feitas instantaneamente, sem sequer nos deslocarmos de nossa classe, mas isso está nos trazendo todo o conhecimento do qual precisamos?

De fato, não há possibilidade nem muito menos espera-se retroceder no tempo, abrindo mão de todo o conforto e praticidade trazidos pela tecnologia, mas é preciso conhecermos os recursos aos quais temos acesso, sabendo empregá-los de maneira a tirar o máximo proveito do que eles nos ofertam.

 

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Estimular o uso consciente das tecnologias pela comunidade escolar da E.E.E.M. Menino Jesus, estendendo às demais pessoas do município, sobretudo aos jovens.

 

2.2 Objetivos específicos

  • .Levantar dados referentes ao uso das tecnologias;
  • Promover debates e palestra sobre o tema;
  • Organizar mostra tecnológica, comparando tecnologias de diferentes épocas.
  • Estimular a pesquisa em fontes alternativas;
  • Favorecer a integração da comunidade escolar através de gincana tecnológica, demonstrando que as relações humanas continuam sendo importante.
  • Incentivar o desenvolvimento de atividades, através do computador e internet, úteis ao desenvolvimento escolar.
  • Usar diferentes mídias na elaboração das atividades, alternando tecnológicas e tradicionais;
  • Conscientizar sobre as desvantagens do uso excessivo de recursos tecnológicos;
  • Elaborar painel sobre o uso consciente da tecnologia;
  • Criar um jornal virtual na escola;
  • .Divulgar resultados da pesquisa realizada para toda comunidade escolar, com postagens no You Tube.
  • Ampliar a pesquisa, com publicação em livro.

 

 

 

3. JUSTIFICATIVA

Em nossa casa, na rua, na escola, estamos sempre vinculados à tecnologia. Não damos um passo sem nosso celular, estamos substituindo os livros por sites de pesquisa e a conversa com nossos amigos por diálogos em chats, os fones de ouvido já se tornaram acessórios indispensáveis. Mas isso está nos fazendo bem?

Entendemos de computadores como verdadeiros especialistas, mas temos dificuldades em ler um jornal. Conversamos com “amigos” do mundo inteiro, mas não é fácil conversarmos com nossos familiares. Sabemos notícias dos cinco continentes, mas não notamos que nosso colega está triste, aliás, às vezes não percebemos que nós mesmos estamos tristes. Digitamos com grande velocidade, mas ao produzir um texto não temos essa mesma facilidade. Trocamos o futebol pelo vídeo game e um dia sem internet nos parece um tempo interminável.

Como resultado, estamos nos distanciando das pessoas, nossos professores reclamam das constantes tentativas de uso do celular, ao irmos ao laboratório de informática o acesso às redes sociais nos é tentador. Essa situação é comum a grande maioria dos jovens em nossa faixa etária e, a cada avanço tecnológico, acentua-se mais.

Esse contexto justifica a necessidade da presente pesquisa, como forma de coleta e análise de dados, bem como de sua divulgação, buscando conscientizar a todos sobre as desvantagens do uso exacerbado e irracional da tecnologia.

 

 

 

 

 

 

4. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 Sociedade e tecnologia

4.1.1Breve histórico da tecnologia

O debate sobre os avanços da tecnologia e sua relevância para a sociedade globalizada tem sido tema comum na escola. Pensar sobre isso, no entanto, requer que pensemos na história do homem, em sua evolução, pois, afinal, onde teve início toda essa difusão tecnológica?

Esse processo não é recente e também não aconteceu de uma hora pra outra.Até chegarmos no grau de aperfeiçoamento tecnológico atual, muitas foram as transformações e elas vêm acontecendo desde a pré-história, quando o homem começou a criar ferramentas que pudessem facilitar a sua vida. Sabiamente, o homem dessa época registrou sua história mediante os símbolos iconográficos nos quais mostrou como viviam e como eram seus rituais (KENSKI, 2003; MARCONDES FILHO, 1988,1994). Desde então, essas ferramentas foram sendo aperfeiçoadas, com vista a melhorar a qualidade de vida do homem.

Com o decorrer do tempo, muitas foram as invenções humanas, ampliando a capacidade de interação, intervenção e transformação da natureza, transformando a sociedade. Dentre essas invenções, cabe citar, de acordo com MANASSÉS et al (1980):

  • A Luz Elétrica, inventada em 1879, possibilitando que a indústria se desenvolvesse e revolucionando o estilo de vida das pessoas. A invenção da lâmpada incandescente pelo americano Thomas Edison permitiu capturar a energia elétrica.
  • A Fotografia. O pintor e físico francês Louis Daguerre, em 1831, descobriu que a imagem pode ser capturada e reproduzida por meio de uma câmara escura.Em sua homenagem, durante os primeiros anos, a máquina fotográfica era conhecida como daguerreótipo. 
  • O Filme.Em 1895, foi possível seu surgimento devido ao avanço proporcionado pela fotografia. 
  • O Telefone, criado em 1876 pelo escocês Alexandre Graham Bell. Com a continuidade dos estudos sobre a capacidade de transmissão da voz humana e com a descoberta das ondas eletromagnéticas, em 1896 o italiano Guglielmo Marconi transmitiu e recebeu mensagens a distância utilizando seu aparelho, o primeiro telégrafo sem fio, inaugurando a radiocomunicação. A partir de 1920, foi possível realizar transmissão de som em longas distâncias.
  • A televisão, inaugurada oficialmente em 1936, pela BBC Inglaterra, e produzida em massa após 1945. No final de 1940, a TV já estava à disposição de todos em âmbito comercial. 
  • O Vídeo, criado em 1956, revolucionando o mundo da indústria da mídia. Com o videoteipe, era possível gravar os programas de televisão.
  • O Satélite, lançado ao espaço em 1957 (o Sputinik russo).Criado para a pesquisa espacial, seu uso foi ampliado para estudos meteorológicos a partir dos anos 60, e o Telstar, primeiro satélite de comunicações, foi lançado em 1962, pelos Estados Unidos. Graças aos satélites já podemos acessar a Internet por meio de computadores sem fio. 

            Todas essas invenções foram de grande importância para a sociedade, mas o advento da comunicação aconteceu a partir de duas criações, conforme lista CASTELLS (2000):

  • O Computador.A primeira tentativa para construir um computador ocorreu em 1951, resultando em uma máquina denominada UNIVAC 1. Em 1946, o exército americano patrocinou o desenvolvimento do ENIAC (Calculadora e integrador Numérico Eletrônico), o qual pesava 30 toneladas, possuía 70.000resistores, 18.000 válvulas a vácuo e foi construído sobre estruturas metálicas com 2,75 metros de altura. Quando acionado, o consumo de energia fez com que as luzes da Cidade de Filadélfia piscassem. A introdução do que conhecemos por computador foi concretizada pela IBM em 1981, com o Computador Pessoal (PC)
  • A Internet.  Foi criada em 1969 para fins militares, um pedido do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América a uma equipe de pesquisa de universidades americanas para que projetasse um sistema de comunicação invulnerável a um eventual ataque nuclear. Esse sistema de comunicação foi comercializado na segunda metade da década de1990. A internet foi privatizada e se tornou tecnologia comercial.

Abranet (2005) esclarece que o serviço definitivo de acesso comercial à Internet no Brasil foi lançado em 1995. Atualmente, estão disponíveis às comunidades de pesquisa e aos setores comerciais uma infinidade de serviços e produtos oferecidos via rede. 

Com esses avanços tecnológicos, ficou cada vez mais fácil ao homem explorar sua imaginação, favorecendo a difusão de novos inventos, transformando tanto as formas de comunicação quanto as formas de produção. O processo de mecanização industrial, iniciado, como explica Cotrim (1996), em 1750, passou por ampla modernização e reestruturação, e, de acordo com Rifkin (http://www.historiazine.com/), em meados de 1940 teve início a terceira revolução industrial, tendo como principal característica o uso de tecnologias avançadas no sistema de produção industrial, dando início ao processo de globalização.

 

4.1.2 O uso das tecnologias na educação

A sociedade em geral, diante da série de avanços tecnológicos, sofreu grandes transformações. Paralelamente a isso, a educação também passou por mudanças: as pesquisas, antes feitas exclusivamente em livros, hoje são facilitadas pelo vasto contingente de materiais publicados no ambiente virtual, o qual, para ser acessado, basta um toque na tela dos modernos celulares que circulam nas mãos de praticamente todos os alunos; a comunicação entre alunos e professores pode ser feita através de e-mail, vídeos, chats; tarefas em grupo não requerem mais o deslocamento até um local específico, pois podem ser realizadas simultaneamente, sem que sequer se saia de casa.

Lima Júnior (in www.overblog.com.br) diz que “o acesso às redes digitais de comunicação e informação é importante [...] especialmente para a educação, que lida diretamente com a formação humana”. Percebe-se, com isso, que a informatização na escola é necessária, pois o ambiente escolar deve acompanhar as transformações ocorridas nos demais segmentos da sociedade, caso contrário não estará cumprindo seu papel como formadora de sujeitos preparados para atuarem  na sociedade.

            No entanto, uma educação informatizada não se resume a aulas nas quais o aluno pode pesquisar na internet. Aliás, a internet não pode constituir o ponto de referência na aprendizagem. Existem muitas outras importantes formas de uso da tecnologia no ambiente escolar, de maneira a estimular cada aluno a raciocinar, buscar solucionar problemas e criar coisas novas.

Sobre isso, Brito e Purificação dizem que

 

[...]sabemos que o cenário tecnológico e informacional requer novos hábitos, uma nova gestão do conhecimento, na forma de conceber armazenar e transmitir o saber, dando origem a novas formas de simbolização e representação do conhecimento. Para tanto, necessitamos ter autonomia e criatividade, refletir, analisar e fazer interferências sobre nossa sociedade.” (BRITO E PURIFICAÇÃO, 2006, p.20).

 

 

De acordo com os autores, portanto, o uso de recursos tecnológicos requer criticidade do usuário, pois somente assim as informações de fácil acesso poderão ser transformadas em conhecimento útil, capaz de ser aplicado nas situações nas quais ele se fizer necessário.

 

4.1.3 Vantagens e desvantagens dos avanços tecnológicos

          Ao pensar sobre tecnologia pensa-se imediatamente nas suas vantagens, em toda a comodidade que ela é capaz de proporcionar. No entanto, toda essa facilidade tem seu preço. Os avanços tecnológicos, de fato, tornaram a vida muito mais fácil, mas também trouxeram algumas desvantagens.

            É inegável que a tecnologia tornou o ensino muito mais atraente, facilitando o acesso a um infinito universo de informações. A doutora em educação pela UNICAMP, Cristina Tempesta, acredita que o uso das TICs contribuem em todas as áreas de estudo“É só pensar em uma aula de artes com uma visita virtual ao Louvre com ajuda do Google Art Project, ou uma aula de Biologia utilizando imagens reais do Pantanal e . As TICs vieram para facilitar o ensino e trazer qualidade e mobilidade para os conteúdos” (http://www.brainstorm9.com.br).

A UNESCO também afirma que o uso de celulares nas aulas pode ser produtivo e apresenta treze motivos e dez dicas sobre esse uso:

 

Fonte: www.unesco.org.br

Segundo a revista Science News, a Internet proporciona uma quantidade e variedade sem precedentes de informação, locais de encontro desde fóruns eletrônicos a mensagens instantâneas ou até mesmo as chamadas comunidades virtuais. Isso contribui para uma total interação virtual entre as pessoas, pois é possível a troca de informações em tempo real, de qualquer lugar do mundo.

Mas não é somente no campo das comunicações e informações que a tecnologia traz grandes benefícios. Os processos de fabricação são cada vez mais rápidos e baratos graças à tecnologia, que substitui a mão-de-obra humana e favorece a produção em ampla escala. Na ciência, a tecnologia contribui para novas descobertas, tratamentos inovadores e é usada inclusive em procedimentos cirúrgicos.

Mas todas essas vantagens são acompanhadas por desvantagens praticamente equivalentes. Considerando o uso da tecnologia na educação, é possível dizer que não raramente o conhecimento é substituído por simples informações soltas e desorganizadas. Ao delimitar-se à pesquisa em sites sem verificar sua confiabilidade, muitas informações errôneas são consideradas verdadeiras, produzindo um falso saber. Outro ponto desfavorável no uso da internet em pesquisas é a questão do plágio. Frequentemente, trabalhos são copiados e entregues ao professor sem constar as fontes dos quais foram retirados, configurando em crime.

No campo da industrialização, a substituição da mão-de-obra humana por máquinas tem aumentado os índices de desemprego, pois um serviço que precisava de muita força humana para ser realizado, hoje é feito por uma única máquina. Assim, com um amplo exército de reserva, como define Marx, resultado das poucas oportunidades de emprego, a mão-de-obra primária vale cada vez menos, beneficiando com bons salários aqueles que dominam as tecnologias e relegando aqueles desprovidos de estudo a uma marginalização social.

Em termos de saúde, são cada vez mais freqüentes os problemas relacionados ao uso exagerado de equipamentos eletrônicos.  Alguns especialistas em saúde mental acreditam que a exposição excessiva e prematura á TV pode resultar em desinteresse por exercícios físicos, confusão entre a realidade e fantasia, problemas emocionais e quando a criança for a escola, falta de atenção. A Dr.ª Mali Mann disse que "algumas crianças pode até receber um diagnóstico incorreto de distúrbio de déficit de atenção (DDA), distúrbio de hiperatividade com déficit de atenção (DHDA) ou até serem taxadas de bipolares (http://br.monografias.com). O uso contínuo de computadores também pode gerar problemas, como má postura, dores musculares e doenças causadas pela repetição de determinados movimentos.

É frequente a exibição de reportagens mostrando o perigo das redes sociais. Por meio delas, bandidos extorquem pessoas, estelionatários encontram uma campo seguro para praticar seus crimes, pedófilos e maníacos têm o acesso a suas vítimas facilitado. Outro ponto a considerar é quanto às relações humanas, pois muitas vezes o contato virtual está substituindo o contato pessoal, tornado as pessoas cada vez mais isoladas e distantes umas das outras.

No trânsito, o uso de celulares pode trazer danos irreparáveis. Uma pesquisa da TV Zimbo,em Angola, concluiu que os motoristas que falam ao aparelho celular, mesmo que seja por viva voz,  ficam tão incapacitados de dirigir quanto motoristas alcoolizados, aumentando as chances de envolvimento em acidentes.

Enfim, a difusão tecnológica, se não tiver seu uso racionalizado, pode trazer uma série de graves prejuízos ao ser humano, muitos desses, de forma irreversível. A presença humana não pode, de forma alguma, ser completamente substituída por máquinas, pois isso condenaria nossa sociedade a uma “escravização tecnológica”.

 

4.2 O jovem no universo tecnológico

Para os jovens, o mundo virtual é um espaço de expressão e descoberta (http://revistaescola.abril.com.br). Essa frase resume o que a tecnologia representa no universo jovem: infinitas possibilidades de expressão também um interminável mundo de descobertas.

De fato, a tecnologia permite tudo isso. Ainda de acordo com a revista,

 

[...] os especialistas apontam a dificuldade dos jovens para entender que é preciso se comprometer com as ações realizadas no mundo virtual. "Muitos pensam que o ciberespaço não tem efeito algum sobre o mundo real", explica o psicólogo Tiago Corbisier Matheus, do Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo, e autor de livros sobre o assunto. Quanto à recusa de se responsabilizar pelas próprias ações, nada de novo: é característica da adolescência. Entretanto, embora não tenha mudado o comportamento dos jovens, a tecnologia trouxe novos espaços e ferramentas para as manifestações típicas dessa fase da vida. A internet e os games, por exemplo, permitem a experimentação de papéis sociais, ampliam o leque de relações interpessoais e o contato com informações, fornecendo elementos para a formação da identidade. (http://revistaescola.abril.com.br)

 

 

Essa explicação demonstra que nem sempre o jovem sabe como realmente tornar o seu acesso ao universo tecnológico algo positivo para si, pois não tem maturidade para isso, por isso precisa de orientação. Na continuidade da reportagem, a revista afirma que, para os adolescentes, “ a tecnologia exerce fascínio porque é uma das poucas áreas em que eles têm desempenho melhor que os adultos”, ou seja, os jovens encontram nesse domínio uma oportunidade de provarem seu valor perante o universo adulto, uma vez que têm maior conhecimento do que seus pais, professores e demais adultos com os quais convivem.

Contudo, como a revista alerta, ao substituir o mundo real pelo mundo virtual, não necessariamente se estará atingindo a independência esperada. Com freqüência os jovens expõem-se em redes sociais, tornando-se alvo de graves conseqüências, como ao expor vídeos e fotos, por exemplo.

Sobre a relação entre o jovem e a tecnologia, Betina Von Staa complementa:

 

Seu poder de acessar informação, publicar dados, viver em um mundo repleto de conforto é realmente imenso; no entanto, nem sempre eles sabem qual informação é mais confiável, quais dados merecem ser publicados – sobre si e sobre os outros. Além disso, é importante que aproveitem o acesso a tanta informação para aprofundar o conhecimento sobre o mundo em que vivem e descobrir como usar todos os recursos que têm à disposição para construir um mundo melhor.
Não podemos ignorar o poder da tecnologia – temos que saber usá-la. Mas, o mais importante, é saber como usá-la. Nesse sentido, jovens e adultos ainda têm muito a descobrir juntos.(http://www.sbs.com.br)

 

 

O alerta sobre a necessidade de saber usar a tecnologia é o ponto chave no momento que a sociedade está vivenciando. Há muito a ser explorado, mas é preciso saber como e onde explorar, e nisso, como bem coloca a autora, é importante que jovens e adultos sejam parceiros, trocando saberes e experiências e desvendando junto esse mágico universo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5. METODOLOGIA

O presente estudo foi desenvolvido no Município de Jacuizinho, o qual está situado ao Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul,  distando 280 Km de Porto Alegre, capital do Estado, fazendo limite com os municípios de Salto do Jacuí, Espumoso e Tunas.

O alvo foi a Escola Estadual de Ensino Médio Menino Jesus, localizada na sede do município, com um total de 210 alunos. A pesquisa foi elaborada pelos alunos do segundo ano diurno do Ensino Médio Politécnico, na disciplina de Seminário Integrado,  com a colaboração da comunidade escolar e tendo como autores três alunos.

 O referido trabalho teve início através de pesquisa bibliográfica, a qual foi apresentada aos demais alunos da escola e professores. Posteriormente, essa pesquisa foi aprofundada, sendo feita também uma pesquisa de campo quantitativa, com jovens entre 13 e 20 anos, alunos da escola, através de observações e questionamentos orais e escritos, bem como pesquisas nos arquivos de fotos da escola.

A partir desse levantamento de dados, os mesmos foram analisados, transformados em texto e gráficos e foram buscadas alternativas de abordagem perante os resultados obtidos, buscando-se a sensibilização da comunidade escolar por meio de Gincana Tecnológica, Mostra Tecnológica e palestras.

Visando a exposição dos dados, foi desenvolvido um banner explicativo, com os dados traduzidos em números e gráficos, bem como cartazes abordando o tema em questão. Todas essas atividades foram postadas nos jornais virtuais criados durante a gincana.

Destaca-se que o projeto terá continuidade, pois estão previstas apresentações nas demais escolas do município, de forma a ampliar a divulgação das informações e promover a conscientização acerca do uso da tecnologia, bem como ofertar aos professores sugestões de atividades a serem desenvolvidas com o celular e o computador. Também objetiva-se ampliar a pesquisa, culminado com a publicação de um livro.

 

5.1 CRONOGRAMA

MÊS/ANO

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Outubro de 2013

Escolha do tema e conversa com professora orientadora.

Novembro de 2013

Elaboração do projeto: pesquisa bibliográfica.

Dezembro de 2013

Apresentação do projeto na disciplina de Seminário Integrado.

Fevereiro de 2014

Seleção de materiais e estudo.

Março de 2014

Retomada do projeto;

 Revisão e ampliação da pesquisa bibliográfica.

Abril de 2014

Pesquisa de campo e análise de resultados.

Maio de 2014

Desenvolvimento da Gincana Tecnológica, Mostra Tecnológica e palestras;

Conclusão da pesquisa;

Exposição de dados;

Re-apresentação do projeto para toda a comunidade escolar.

Junho de 2014

Apresentação do projeto nas escolas municipais.

Julho de 2014

Sugestões de atividades aos professores (durante semana de formação no recesso escolar).

Agosto a dezembro de 2014

Postagem das atividades no You Tube.

Ampliação da pesquisa e busca de patrocínio para publicação de livro.

 

6. RESULTADOS

6.1 Pesquisa de campo: observações in loco

  Durante o período de observação, buscou-se atentar para todos os comportamentos das pessoas da comunidade escolar. Foi possível constatar que todos os alunos do turno da manhã, de 8º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio Politécnico possuem celular e o utilizam com freqüência. Grande parte desses alunos carrega com fones de ouvido no bolso e, a qualquer tempo livre, fazem uso dos mesmos.

Percebeu-se também que são inúmeros os alunos que usam o aparelho celular enquanto fazem outras atividades: enquanto deslocam-se nos ambientes da escola, enquanto lancham, enquanto esperam na fila. No horário do recreio, esse uso acentua-se e, por inúmeras vezes, mesmo estando sentadoS em grupos, ninguém se comunica, pois estão no celular. De acordo com Agmont (http://saude.abril.com.br), “celular tem limite. Quando torpedos e ligações ultrapassam a medida, a saúde dos adolescentes também fica no vermelho. Os abusos podem atrapalhar o sono, comprometer o crescimento e até gerar crises de ansiedade”.

Como a escola possui wi-fi liberada, o acesso às redes sociais é constante. Por isso, muitos optam por comunicar-se com os colegas pelas redes sociais, mesmo estando no mesmo ambiente. Isso vai ao encontro da reportagem publicada no site http://entretenimento.r7.com que alerta: “No Brasil, existem cerca de 220 milhões de telefones móveis. Os jovens aderiram à moda e muitos tornam-se dependentes do uso dos aparelhos a ponto de trocar mensagens com quem está ao lado”.

Observou-se também que muitos professores reclamam constantemente da desatenção gerada pelas tentativas de uso do telefone celular durante as aulas, bem como do acesso a redes sociais em momentos de pesquisa.Esse não é um fato isolado, pois, conforme adiretora do Centro Educacional Gulliver, do Rio de Janeiro, Carla Regina de Jesus,algumas regras sobre o tema se tornaram necessárias para que os momentos de ensino possam transcorrer com tranquilidade. Segundo ela "Não impedimos que os alunos tragam seus aparelhos, porém a utilização só é permitida no intervalo, pois já vimos e sabemos que o uso não é voltado à pesquisa ou qualquer coisa do tipo, mas sim às mensagens e às redes sociais" (http://noticias.terra.com.br).

 Outro momento observado foi durante atividades no laboratório de informática. De acordo com Moran,

 

A Internet é uma fonte de avanços e de problemas. Podemos encontrar o que buscamos, e também o que não desejamos. A facilidade traz também a multiplicidade de fontes diferentes, de graus de confiabilidade diferentes, de visões de mundo contraditórias. É difícil selecionar, avaliar e contextualizar tudo o que acessamos. (MORAN, 2011, in http://moran10.blogspot.com.br)

 

Verificou-se, nos momentos de pesquisa online,que grande parte dos alunos não seleciona sites de relevância científica, considerando qualquer informação obtida como fidedigna, construindo conhecimentos equivocados e, conforme o autor, constituindo fonte de problemas.

 

6.2 Pesquisa de campo: questionário

            O questionário foi aplicado a 20% do total de alunos da escola. Desse percentual, 50% foi destinado a meninos e 50% a meninas. A faixa etária dos entrevistados alternou entre 13 e 20 anos. 37,5% dos alunos entrevistados residem na zona rural e 62,5 residem na zona urbana.

            Questionados sobre o número de celulares presentes na casa, constatou-se que a média é de um aparelho a cada morador, não havendo diferenciação considerável entre moradores da zona rural e da zona urbana. Esses dados são embasados por pesquisa do IBGE, que confirma que, em 2011, sete em cada dez brasileiros tinha pelo menos um aparelho celular (www.ibge.gov.br). Não foram encontrados dados precisos com data mais recente, mas acredita-se que esse número tenha aumentado consideravelmente

            Quanto aos tipos de equipamentos eletro-eletrônicos, 98 % dos entrevistados possuem aparelho de televisão, sendo o mesmo percentual a possuir máquina de lavar roupas.  90% possuem rádio, 30% possui computador. Apenas 13% afirmaram ter tablet, e 14%, impressora. Quantos aos notebooks, 70% possuem, 60% dos entrevistados têm aparelho de DVD, sendo que o mesmo percentual tem forno de micro-ondas. Os vídeo games são encontrados na casa de 37% dos entrevistados e 44% têm aparelho de barbear eletrônico.

 

Quanto ao número de aparelhos de televisão presentes nas residências, 70% dos entrevistados residentes na zona urbana afirmaram ter mais que um aparelho em casa, enquanto 45% dos entrevistados residentes na zona rural possuem mais de um aparelho. No total, 65% dos entrevistados possuem mais de um televisor em sua residência.

 

Conforme pesquisa do IBGE, em 2011 o percentual de brasileiros com aparelho de televisão em casa chegava a 97% (www.ibge.gov.br).Esses dados confirmam a opinião do doutor em Letras pela USP Deonísio da Silva, que afirma: “O Brasil prefere ver a ler”(www.observatoriodaimprensa.com.br).

Observa-se que poucos afirmaram, mesmo sendo alunos, ter impressora em casa, ao passo um grande percentual possui mais de um aparelho de televisão. Dois entrevistados disseram que o número de televisores é superior ao número de moradores em suas casas.

Quanto à opinião sobre a tecnologia, 47% dos entrevistados disseram que é algo incrível, pois ela torna a vida mais fácil e divertida, podendo substituir as pessoas na maioria das situações e que isso pode ser bom para a sociedade. O sociólogo da tecnologia e professor da Unicamp, Laymert Garcia dos Santos, alerta que

 

[...]o upgrade tecnológico das novas gerações, além de ser um problema geracional, é também um problema social para aqueles que não estão dentro do trem-bala. Quem está dentro dele é quem está acompanhando ou está podendo acompanhar a evolução tecnológica. A nossa sociedade, como é muito desigual, tem muitas pessoas que não podem acompanhar. E como existe uma aceleração crescente, os que estão fora do trem ficarão cada vez mais fora mesmo. Um dos problemas da Terceira Revolução Industrial é que ela é, pela primeira vez, excludente, não inclusiva. E o capitalismo torna-se cada vez mais excludente: não tem lugar para todos. (Revista Mundo Jovem, novembro de 2008).

 

Os dados da pesquisa evidenciam que um grande percentual de alunos da E.E.E.M. Menino Jesus não analisa os impactos que a substituição humana por equipamentos tecnológicos pode causar na sociedade, uma vez que estão vendo apenas os benefícios da difusão tecnológica.

Para 53% dos entrevistados, a tecnologia é algo bom, mas possui vantagens e desvantagens, por isso deve ser usada conscientemente.Essa opinião é apoiada pelo sociólogo:

 Penso que a sociedade tem que colocar sobre a mesa os riscos e os efeitos colaterais junto com a tecnologia e discutir isto tudo junto. Porém a tecnociência não pensa assim, porque cada vez que estas questões são colocadas na mesa, os cientistas acham que o questionamento é uma saudade do tempo pré-moderno, que é arcaico. A mídia, por exemplo, só é aberta a um único ponto de vista, que é do progresso da ciência. Não sou contra o progresso, mas isso tudo precisa ser discutido também do ponto de vista político e não apenas científico. (Revista Mundo Jovem, novembro de 2008).

 

 

 

Quanto às atividades favoritas, tomar chimarrão e conversar com amigos e familiares está em primeiro lugar para 23% dos entrevistados. Já para 18%, o mais importante é ir a bailes e festas. 11% tem a navegação na internet como atividade preferida. 14% afirmam que o que mais gostam de fazer é conversar com os amigos nas redes sociais e o mesmo percentual prefere visitar pessoas das quais gostam. Apenas 7% coloca a leitura como atividade favorita.

Mesmo não prevalecendo, para a maioria, como atividade favorita, as atividades relacionadas ao uso da internet foram marcada nas três primeiras ordens de importância para 68% dos entrevistados. Conforme artigo publicado pela UNESCO ,

 

Uma calça jeans velha e desbotada e sair de casa pelo mundo, sem destino. Eram os sonhos de quase todo jovem dos anos 60-70. Hoje a aspiração da juventude é ter em casa um computador, de preferência com câmera e ficar horas navegando na internet, comunicando-se com outros jovens por meio eletrônico e vasculhando mundos virtuais.(http://unesdoc.unesco.org)

Os dados demonstram que o jovem da atualidade está cada vez mais dependente da tecnologia, especialmente da internet, chegando, muitas vezes, a trocar o convívio com as pessoas pelo contato virtual.

 

 

 

Questionados sobre as redes sociais mais usadas, foram citadas: Facebook, Twiter, Ask, Instagram, Skype, Orkut, Whatsapp, Messenger e Snapchat. Apenas um entrevistado não possui Facebook. O gráfico abaixo ilustra o percentual de uso das redes:

 

Do total de entrevistados, 40% dizem usar três ou mais redes sociais e 36% afirmam que entra nessas redes mais de cinco vezes ao dia.

 

Nota-se que o acesso às redes sociais é, portanto, exagerado, pois um terço dos entrevistados as acessa mais de cinco vezes por dia e outro terço, de uma a cinco vezes. Sobre isso, a Revista Veja alerta:

 

As redes sociais da internet, entre elas o Facebook, podem tanto enriquecer a vida dos adolescentes, quanto prejudicar sua saúde mental e física. O alerta foi feito pela Academia Americana de Pediatria, que acaba de publicar um relatório com orientações sobre o uso das redes sociais no periódico Pediatrics. De acordo com o documento, esses sites ajudam os jovens a manter contato com amigos e a se divertir, mas podem, também, levar a casos sérios de depressão, um novo fenômeno batizado de ‘Depressão Facebook’. (http://veja.abril.com.br)

 

A reportagem esclarece que ‘Depressão do Facebook’ é um termo genérico, abrangendo todas as demais redes sociais. Essa ‘doença’ é comum a jovens que passam muitas horas do dia em frente ao computador navegando em redes sociais. Como resultado, tendem a isolar-se, tornarem-se ansiosos e deprimidos, buscando iteração apenas no campo virtual.

Indagados sobre o que pensam sobre a internet, 41% dos entrevistados disseram que é um recurso útil, pois facilita a vida em diversos aspectos, desde pesquisa até pagamentos, evitando horas em uma biblioteca ou em uma fila. 24% acreditam que a internet é algo maravilhoso e muitos escreveram “Eu amo a internet!”. 20% afirmaram que a internet é um bom recurso, mas que é preciso saber usá-lo, pois apresenta vantagens e desvantagens. 9% responderam que a internet acaba por afastar as pessoas, que trocam o contato pessoal pelo contato virtual. 4% mencionaram os perigos das redes sociais. Apenas 10% dos entrevistados disseram já ter criado sites ou blogs.

 

 

Quanto ao uso da internet na elaboração de trabalhos escolares, 43% dos entrevistados afirmou pesquisar em livros, revistas, sites e outros materiais. O mesmo percentual pesquisa somente em sites, selecionando diversos materiais sobre o tema da pesquisa, lendo-os e retirando somente as informações necessárias. 14% dos entrevistados contaram que digitam o que precisam na barra do navegador, entram no primeiro site que surgir, copiam, colam no trabalho e formatam. Ninguém disse fazer esse mesmo procedimento, apenas deixando de formatar o trabalho a ser entregue.

 

Sobre esse assunto, a professora Danielle Lourenço (in http://www.editorapositivo.com.br), diz que muitos alunos fazem uma mera cópia do material online ao qual têm acesso, mas ela esclarece que isso nem sempre é “culpa” do aluno, pois muitas vezes os professores não deixam bem claro o que esperam e não delimitam o tema da pesquisa.

Não pretende-se, aqui, analisar a questão da cópia de informações. Dessa forma, atendo-se à análise dos dados, constata-se que, como mencionado anteriormente, a internet facilita o acesso a uma interminável série de informações. Mas será que o jovem está sabendo o que fazer com tais informações?

Questionados sobre o posicionamento diante de informações obtidas na televisão e na internet, os entrevistados assinalaram com predominância os itens que dizem pensar sobre o que viram e conversar com os amigos sobre isso. O item que diz respeito ao uso das informações obtidas para ampliar os conhecimentos, tornado-as úteis inclusive na escola, teve apenas 25 marcações e 4 entrevistados afirmaram que apenas vêem as notícias, mas não pensam sobre as mesmas.

 

O gráfico mostra que o número de entrevistados que converte em conhecimento as informações que viu é menor que o número que afirma pensar e analisar os fatos com os quais teve contato, sendo menor também do que conversa com os amigos sobre o que viu, ou seja, mesmo vendo/lendo, analisando e conversando com os amigos sobre os fatos observados, há dificuldade em torná-los aplicáveis.

Dessa forma, nem sempre a facilidade no acesso às informações contribui para que o jovem esteja melhor preparado para enfrentar a realidade, pois a informação só fará diferença se puder ser aplicada em algo concreto, de forma ganhar significado, contribuindo para melhorias na sociedade, não ficando apenas no campo da discussão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

7. CUSTOS

Material de expediente

R$ 10,00

Banners

R$ 80,00

Total

R$ 90,00

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

8.CONCLUSÃO

Através da presente pesquisa, conclui-se que os jovens da Escola Estadual de Ensino Médio Menino Jesus vivenciam uma realidade comum à grande maioria dos jovens brasileiros: a inserção num universo altamente tecnológico, no qual vida real e virtual já não são mais coisas diferentes.

Percebeu-se que as famílias dão prioridade à compra de equipamentos ligados ao entretenimento, com destaque ao aparelho de televisão e notebook. Assim, como esperar que os jovens sigam por um caminho diferente? Poucos lêem, mas muitos acessam redes sociais mais de cinco vezes ao dia.

Diante das facilidades da internet, grande percentual de entrevistados mostrou-se maravilhado, sendo que alguns ressaltaram que é impossível viver sem esse recurso, tanto que a navegação na internet aparece nas primeiras posições no ranking de preferências.

É preocupante, no entanto, que mesmo diante de tanta informação, ainda não há total transformação em conhecimento e, dessa forma, elas caem no vazio, não servindo para praticamente nada. Felizmente, foi considerável o número de entrevistados que disse pesquisar em outras fontes, não se resumindo a sites. Isso mostra que ainda preservam o hábito da leitura, mesmo que não esteja entre suas atividades favoritas.

Foi expressivo também o número de entrevistados que consegue distinguir as vantagens e desvantagens da tecnologia, o que evidencia que, ao contrário do que muito se escuta, o jovem não está “alienado”, mas sim precisa de orientação, para que possa tirar o máximo proveito desses recursos. Talvez seja esse o grande desafio: a orientação, o direcionamento da habilidade jovem em manipular as tecnologias, de forma a colocá-las a serviço da sociedade.

Diante dos resultados, é notório que os jovens estão estreitamente ligados à tecnologia e que já não imaginam a vida sem ela. Não poderia se esperar outro resultado, pois a principal característica da sociedade atual é justamente a facilidade de acesso à tecnologia. No entanto, percebeu-se que há necessidade de promover-se uma nova visão sobre o uso desse recurso, pois muitos ainda não perceberam ou não se importam com a questão dos problemas trazidos pelo uso exagerado do mesmo, que pode gerar inclusive doenças, principalmente nos jovens, como depressão e outras modificações comportamentais causadas pelo distanciamento da realidade.

Por fim, destaca-se que as relações pessoais continuam sendo valorizadas e vivenciadas no município de Jacuizinho, pois, como atividade preferida, para 41% dos entrevistados está tomar chimarrão com os amigos e familiares e ir a bailes e festas. Isso mostra que a tecnologia pode ser muito importante na sociedade moderna, mas não há nada que substitua o ser humano.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

9.BIBLIOGRAFIA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS PROVEDORES DE ACESSO. Serviços e informacões da rede internet. Disponível em:<http://www.abranet.org.br/historiadainternet/brasil.htm>. Acesso em 25 de março de 2014.

 

BRITO, G.S. e PURIFICAÇÃO, I. Educação e novas tecnologias. Curitiba: Ibpex, 2006.

CASTELLS, Manuel. Sociedade em rede: a era da informação: economia, sociedade e cultura. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

 

http://www.brainstorm.com.br . Acesso em 07 de março de 2014

 

http://www.jacuizinho.rs.cnm.org.br. Acesso em 07 de março de 2014.

 

http://unesdoc.unesco.org). Acesso em 07 de março de 2014.

 

http://revistaescola.abril.com.br. Acesso em 07 de março de 2014.

 

http://www.sbs.com.br. Acesso em 10 de março de 2014.

 

http://saude.abril.com.br Acesso em 25 de março de 2014.

 

http://entretenimento.r7.com. Acesso em 10 de março de 2014.

 

http://noticias.terra.com.br. Acesso em 14 de março de 2014.

 

http://moran10.blogspot.com.br. Acesso em 14 de março de 2014.

 

http://veja.abril.com.br. Acesso em 23 de março de 2014.

http://www.editorapositivo.com.br. Acesso em 23 de março de 2014.

 

KENSKI, Vani M. Novas tecnologias na educação presencial e a distância. In:ALVES, L; NOVA, C. (Org.). Educação a distância: uma nova concepção deaprendizagem e interatividade. São Paulo: Futura, 2003.

 

LEVY, Pierry. Cibercultura. Sao Paulo: Editora 34, 1999. 

 

MANASSÉS, Branca et al. Tecnologia da educação: uma introdução ao estudodos meios. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1980. 

 

MARCONDES FILHO, Ciro. Televisão: a vida pelo vídeo. São Paulo: Moderna,

1988. 

 

REVISTA MUNDO JOVEM, edição nº 398, novembro de 2008.


RIFKIN, Jeremy. A Terceira Revolução Industrial. In Editora: M. Books. In http://www.historiazine.com/

 

www.overblog.com.br

 

www.unesco.org.br. Acesso em 29 de abrilde 2014.

 

www.ibge.gov.br. Acesso em 29 de abril de 2014.

 

www.observatoriodaimprensa.com.br Acesso em 29 de abril de 2014.

 

www.overblog.com.br. Acesso em 29 de abril de 2014.

 

 

ANEXOS

Anexo 1: Questionário da pesquisa de campo

 

Estamos realizando, dentro da disciplina de Seminário Integrado, coordenados pelas professoras Gisele da Rocha e Rozelei Lisboa, uma pesquisa sobre o uso de equipamentos tecnológicos. Para tanto, solicitamos sua contribuição respondendo ao presente questionário:

1)    Idade:_____________             2) Sexo: (   )Masculino   (   )Feminino

3)    Reside na(   ) Zona Rural      (   ) Zona urbana

4)    Quantas pessoas moram em sua casa?______________________

5)    Quantos celulares há em sua casa?_________________________

6)    Marque os aparelhos que existem em sua casa e indique, ao lado dos assinalados, a quantidade:

(   ) rádio___   (   )televisão ___   (   ) computador___   (   )tablet___

(   )notebook___   (   )DVD___ (   ) vídeo game___   (   )impressora ___

(   ) micro-ondas ___   (   ) máquina de lavar roupas ___

(   )aparelho de barbear

7)    Cite as redes sociais que você usa para se comunicar: ____________________________________________________________________________________________________________________

8)    Com que freqüência você entra nessas redes?

(   ) raramente  (   ) frequentemente  (   ) diariamente   (   )mais de uma vez ao dia   (   ) mais de cinco vezes ao dia

9)    Ao elaborar um trabalho escolar, você:

(   ) pesquisa em livros, revistas, sites e outros materiais.

(  ) pesquisa somente em sites, selecionando diversos materiais sobre o tema, lendo-os e retirando as informações necessárias.

( ) digita o que precisa na barra do navegador, entra no primeiro site que surgir, copia, cola no trabalho e formata.

(  ) digita o que precisa na barra do navegador, entra no primeiro site que surgir, copia, cola no trabalho e entrega ao professor.

10) Ao assistir uma notícia na televisão ou ler algo na internet, você:

(   ) pensa sobre o  que assistiu/leu e analisa os fatos.

(  ) usa o que viu para ampliar seus conhecimentos e essa informação torna-se útil, inclusive na escola.

(   ) conversa com seus amigos sobre o que viu.

(   ) apenas vê, mas não pensa sobre isso.

(   ) não assiste notícias.

11) Enumere, de acordo com o grau de importância, suas atividades favoritas:

(   ) tomar chimarrão e conversar com amigos e familiares.

(   ) ir a bailes e festas.

(   ) ler.

(   ) navegar na internet.

(   ) conversar com amigos nas redes sociais.

(   ) visitar pessoas que gosta.

12) Qual sua opinião sobre a tecnologia?

( ) É algo incrível! Não podemos viver sem ela! A tecnologia torna a nossa vida mais fácil, mais divertida. Aparelhos podem substituir pessoas na maioria das situações e isso é muito bom para nossa sociedade.

( ) É algo bom, que muito pode nos ajudar, mas tem vantagens e desvantagens, por isso deve ser usada conscientemente.

(   ) É algo muito ruim, que está destruindo nossa sociedade.

13) Comente o que você pensa sobre a internet e diga se você já criou algum site ou blog.

_________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

Agradecemos sua colaboração!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Anexo 08:

Termo de autorização  de uso de imagem

 

_________________________________________, nacionalidade  ________________, menor de idade, neste ato devidamente representado por seu  (sua) (responsável legal), _______________________________________________________________, nacionalidade___________________, estado civil ________________, portador da  Cédula de identidade RG nº.__________________ , inscrito no CPF sob nº  ________________________, residente à Av/Rua  __________________________ , nº. _________, município de  _____________/Rio Grande do Sul. AUTORIZO o uso de  minha imagem em todo e qualquer material entre fotos e documentos, para ser  utilizada por ocasião da apresentação de trabalho na MEP. A presente autorização é  concedida a título gratuito, abrangendo o uso da imagem acima mencionada. Por  esta ser a expressão da minha vontade declaro que autorizo o uso acima descrito  sem que nada haja a ser reclamado a título de direitos conexos à minha imagem ou  a qualquer outro, e assino a presente autorização em 02 vias de igual teor e forma.

 

______________________, dia _____ de ______________ de ___________.

 

____________________________

Assinatura do aluno

 

________________________________

Assinatura do responsável

 

 

 

 

 




Total de visitas: 402